Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde nasci,como passei a porcaria da minha infãncia, o que meus pais faziam antes que eu nascesse e toda essa lengalenga tipo David Copperfield, mas, pra dizer a verdade não estou com vontade de falar sobre isso...

Sunday, May 28, 2006

Depois de antes e da valsa

Antes do pôr-do-sol, um bom filme, talvez se tivesse seguido uma tradição temporal e tivesse assistido antes do amanhecer antes de evr sua sequencia eu teria gostado mais. Enfim, ainda com algumas cenas na cabeça, algumas frases no coração eu encontro um bom ponto de repouso pra minhas ideias dessa semana. Antes de mais nada admito a verdade, como todo dono de blog, admito que essa é uma forma extremamente egocêntrica de se escrever sobre a realidade, mas tudo navida só é válido quando tem algum ponto de vista e é aqui que deposito os meus, entre erros de português e digitação, entre meus períodos muito longos e frases cheias de clichês. Viena, deveria ser lá que eu começaria esse post, mas não vi o filme que se passa em Viena e nem tenho nenhuma metáfora sobre esse lugar. Paris, que bom lugar pra se começar um pensamento, mas antes de ter ido pra Paris com Ethan Hawk e Julie Delpy eu vi o conselho para Phillip Seymor Hoffman (é assim?) e fiuei concordando com as breves palavras de uma personagem calada, as vezes a gente se prende a tanta coisa do passado que esquece do futuro, e as vezes a gente se preocupa tanto com o futuro que deixa de pensar no presente, o importante da vida é aproveitar o percurso, e é isso que defendo e é nisso que acredito, aproveito minha ida até Paris. Jesse e Celine se reencontraram, viveram algumas horas de só conversa, nenhum beijo, mas muita provocação de ambas as partes, eles ficaram nove anos separados e simmplesmente se reencontraram como se tivessem se visto há dois meses, isso me fez pensar sobre o tempo. Tempo é uma medida de marcação que ultrapassa os segundos, dias ou séculos, tempo é o que reside em nós, existem minutos que duram eternidades e existem anos que passam num piscar de olhos, antes de fechar as palpebras estava com quinze e hoje percebo que já tenho dezenove, é claro que muita coisa mudou, mas apesar de sentir uma maturidade incrivel acrescida em mim, não sinto o peso do tempo sobre as coisas ao meu redor. Algumas pessoas estão mais enrugadas, outras continuam com a mesma expressão viva nos olhos, existem pessoas que envelhecem de um dia pro outro e outras que simplesmente se fecham na capsula do tempo que o sorriso pode trazer. Foi assim com eles, obviamente mudanças de peso e expressão os deixaram diferentes mas dentro deles alguma coisa continuou intacta e só Deus sabe de que maneira ela continuou. Sim, sou poliano, sou mais poliano do que gostaria de ser e menos do que deveria ser, me esforço pra manter as coisas num nível saudável, mas confesso que ser poliano está além da minha vontade. Sim, roubo pensamentos e declarações alheias, por que isso pra mim é convencimento, isso pra mim é aprender, essa semana eu aprendi que sou mesmo poliano, que acredito em finais felizes subentendidos, que desejo que mocinho e mocinha fiquem juntos, acredito em destino, acredito em fazer história, acredito em quebar corações, acredito em amolecer corações, acredito que por mais fácil que seja odiar alguém é muito difícil deixar de amar alguém, mesmo com todos os motivos pra não amar, mesmo com pistas óbvias pra esquecer, mesmo seguindo a vida de maneira separada, não se deixa de amar alguém no momento em que se quer fazer isso, e é bom perceber que você não fecha seus desejos pra antigas vontades mesmo abrindo eles pra novas vontades. Sim, sou poliano, choro com Julie Delpy cantanto, choro com ela dançando Nina Simone de um jeito desengonçado, sou poliano quando sorrio ao ver a carinha da Dakota Fanning, choro a toa, é mais fácil me fazer chorar com alguma coisa que me soe bonita que me fazer sofrer por uma coisa que seja óbvia. Uma coisa que me chamou atenção foi uma afirmação no começo de filme, uma verdade que eu nunca tinha percebido, as pessoas que tem vontade de mudar omundo não tem ambição suficiente pra fazer isso uma realidade, não quero ambição, não quero querer uma coisa só por querer, a ambição só espero que apareça quando tiver um objetivo definido e um plano a ser seguido, ammbição não é um moivo, é apenas um motor, e ela vai vir, talvez eu não mude o mundo, mas passe a querer mais Paris. Paris, eles se reencontraram lá, e ainda é estranho pensar que um sorriso termina o filme, mas é assim que eu gostaria que terminasse. Eu quero ter vontade de perder meu avião de volta.
(...)

Saturday, May 20, 2006

Meus vícios, metáforas e reticências

Sim, tenho vícios, todo mundo tem por mais que seja mais saudável pensar no não te-los. Não tenho dependências físicas ou psicológicas de fonte alguma, mas tenho vicios emocionaise vicios comportamentais, e como todo vício nem sempre fica só o prazer de ser mantido. Encaro como vício qualquer atividade praticada continuamente dentro dos mesmos parâmetros, ou seja, tudo aquilo que faço sempre smepre que alguma coisa X acontece. Meus vícios? São muitos, tenho dependência exagerada de eperança, ainda tenho estúpidas crenças num amanhã bem melhor e mais bonito, ainda acho que se as coisas estão ruins elas podem melhorar ou se elas estão bem ainda acho que podem ser melhores depois de cada dia. Sou viciado em fazer compras em momentos emocionais extremos, antes era quando estava triste, consolava minhas amarguras num cartão de crédito, me conformava com qualquer coisa que eu comprasse em troca do meu silêncio, hoje é quando estou felzi, chego ao nirvana com a simples aquisição de um superflúo bem material. Sim, sou esperançoso e consumista, sou uma antítese em forma de estagiário, sou viciado em novos sentidos, é por isso que escrevo nesse blog, sou viciado em viver ainda que apenas de forma diferente alguma coisa, sou viciado em sentir, sou viciado em novas visões sobre o que parece simples, é por isso que Holden, Alice, Noah, Seth e afins viram personagens tão intímos, é como se de alguma forma eu os desmontasse e os reconstruisse com minhas analises e me tornasse de alguma forma próximo de seus perfis. Sou viciado em pensar em posts, viciado em voltar de ônibus pensando no que escrever, em como escrever, em como seria bom poder falar, enfim, sou viciado em ter essa opção de vida, ter a opção de acabar com todos pensamentos e esvaziá-los pra poder ter novos pensamentos, e novos posts, novos sentimentos, novos comentários inexistestes e imaginários, ter do que orgulhar, isso, sou viciado no que me faz bem por mim, sou viciado em sentir que me basto de alguma forma, mas também tenho os vicios ruins, tenho vicio em acreditar demais, tenho vicio de creditar demais, tenho vício de nem sempre ser tolerante, tenho os vícios dos loucos e santos, tenho vícios que me fazer ser alguém que nem sempre se uer ter ao lado, mas me preocupo em me reabilitar, em tirar isso, em me desintoxicar, em resistir a abstinência dos meus erros, isso, também sou viciado em errar, sou viciado em acertar e em fazer metáforas.
Por que uma vez eu li que tudo poderia ser metáfora pra tudo, e resolvi por em prática e constatei que sim, é fácil, ser viciado em metáforas quando elas estão por toda a parte. Vida e escola por exemplo, uma metáfora óbvia mas que pode se exceder ao que os olhos comuns podem ver, além do convívio e do aprendizado, vida é uma grande metáfora de escola pois sempre existirão aqueles tipinhos, o metido a professor, o puxa-saco, o seu melhor amigo, ou o grupinho estranho, existirá sempre aquela pessoa que todo mundo amdira, existirão sempre os que te ensinam e os que te deseducam, vida e escola são metáforas livres. Faculdade e praia também, as vezes o mar está cheio, você sempre encontra as pessoas desejadas e faz da vida uma coisa muito divertida, tem as noites incansáveis de luau, tem dias em que a aula tá de ressaca e tudo o que você não quer fazer é boiar na matéria. Tudo, digo com toda a certeza de um criador de metáforas livres, tudo pode virar metáfora pra alguma coisa, e eu gosto disso, gosto de ver que a vida é uma grande coincidência, ver que as coisas se organizaram de forma em que todas elas no fundo tem a mesma base, as mesmas lógicas, o mesmo fio condutor, o mesmo pai de todas as criações, no fim, ele estava certo: "Tudo é metáfora, mas só Deus é hipertexto!"...
Reticências? Ah, essas sim, me dizem muita coisa, elas são uma espécia de paixão, um recurso que eu uso, alias uso muito, sempre. Reticências pra mim indicam muito mais, são mais poderosas que o ponto final e mais estimulantes que o ponto parágrafo, uso desse recurso sempre que quero que alguém faça parte do processo de criação, é como se com as reticências eu apontasse a direção edeixase cada um ser livre pra levar o raciocínio que comecei em diante, indicam um novo caminho e não o fim da jornada. Isso, é disso que gosto, reticência não é tão dramática, ela simpleste deixa as coisas serem, elas não tem a autonomia induzida do ponto final, nem a mudança radical de um ponto parágrafo, ela simplesmente abandona a frase no momento em que ela já está crescidiha e já pode fluir sozinha. Acho que minha história não terminará com um ponto e sim com três, todas as histórias deveriam ser assim, foram felizes para sempre e aí ..., você termina do jeito que você quiser, forma felizes uando se divorciaram, quando compraram um cachorro, quando morreram, foram feliz é o que eu digo, mas você escolhe o como. Interação, independência e continuidade, é isso o que cada ponto de reticência significa pra mim, é disso que vivo, de ser alguém social,porém que segue sua frase da maneira como quer e nunca termina nada, sou uma forma humana de pontuação.
Pode parecer que foi muito, pode parecer que não tem sentido,mas me fez e me faz muito bem, escrever com letras azuis, deixar de lado algumas coisas embora ainda sofra por elas, pensar que vícios as vezes a gente mantém pra continuar a viver, alguns vícios a gente mantém só por que gosta. E essa é uma ideia em que em apoio muito, esse post foi um devaneio a bordo do786, lutei pra que ele saísse do jeitnho que está, com vícios, metáforas, reticências e em parágrafos (será que alguém notou isso?), batalhei mesmo pra ficar aqui, acordado, escrevendo tudo o que saísse do meu coração e fosse pra uma tela branca e que essa tela branca pudesse refletir minha verdade. Adoraria que cada pessoa pudesse me conhecer melhor, mas não sou forte o suficiente pra me expor a tanto, sou só um apanhador de mil faces, mas todas elas com esses vícios emocionais e linguistícos, cheios de esperança e sem nenhum medo de ter medo, não agora
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Sunday, May 14, 2006

Uma viagem entre bancos ( !n Wonderland)

Estava eu, um pobre mortal, pensando sobre o que dizer, queria de uma vez por todas exorcizar esse alnce de jogo, queria pensar numa outra coisa pra escrever, e confesso que antes de escrever aquele mid-post de férias eu já tinha um tema para escrever. Mas aí me veio esse outro tema, e vou tentar achar um meio de escrever sobre duas coisas de uma ótica só. Voltando do meu passeio ao shopping, me deparei com um ônibus aparentemente vazio, o que é um milagre se tratando do 624, me deparei com duas opções, dois bancos paralelos, um de frente pro outro, duas opções que depois de analizar eu percebi uma certa metáfora neles, escolhi o diferente, como sempre (amo tudo que é estranho, só confio me excessões...). Fui naquele banco diferente de todo o ônibus, o que viaja ao contrário, o que tem uma visão completa de todo o resto e viaja de costas pro destino. Sim, era uma metáfora, estava mesmo viajando contra meu destino, estava numa viagem exágena ao que ela deveria ser, estava tentando fazer a coisa ir do jeito que não deveria, ir pra frente andando pra trás, querendo progredir com regressão, um erro. Mas aí percebi que não era só naquela situação, percebi que em muitas situações era isso que fazia, eu tentava, me esforçava e não alcançava nada (é impossível ser feliz sozinho). Não devo falar sobre o que fiz, sobre o que deixei de fazer, ou sobre como farei, essa é uma pergunta que nem mesmo eu sei como fazer, mas de alguma maneira meio sem lógica eu encontrei em mim uma paz muito grande, uma força que me faz olhar pras coisas que estão me fazendo bem, resolvi ser mais Alice pro apanhador não me consumir por inteiro, ou resolvi dar mais valor ao país das Maravilhas e ver que nem tudo tem que ser esse campo de centeio que eu crio. Não falo de apanhador no campo de centeio como uma coisa ruim, ou um lado pouco otimista de mim, mas falo como um lado muitio cheio de esperanças que não chegam, que eu me esforço mas que parecem estar sempre distantes de se tornarem o que espero, já disse que me divirto com os meios, então por isso não estabeleço fins. Descobri (ou melhor, redescobri), Alice em muitos sentidos, sim, estou lendo o livro, sim, coloquei no meu fotolog um trecho que falava bem sobre essa sensação de cair no chão e ão se machucar. O que eu fiz diante dessa decoberta óbvia? Mudei de banco, resolvi encarar a viagem de frente, vamos ver até onde isso vai. Vou ver se me divirto nesse percurso, vou ver se perco um pouco da esperança e caio na real, vou ver se ganho mais esperança pra poder seguir sorrindo. Fé, é isso que me falta, adoro essa palavra e sempre que penso em como dissertar sobre ela eu acabo vendo o quanto é bom ter fé em alguma coisa. Já tive muita fé nas pessoas mas me dava pouco crédito,agora vou ter mais fé no apanhador, no heroi relutante, no filho, no amigo, no irmão, no estagiário, no estudante, no eu, ei terei fé no eu (e sim, falo de mim na terceira pessoa!). As vezes a vida é irônica comigo, quando eu começo a me desesperar com alguma coisa, eu simplesmente aciono indiretamente um mecanismo que me afasta das situações que me consumem de maneira ruim, é como se guardasse encapsulado todo o amor que sinto, pela pessoa, pela atividade ou afim e a transformo num fantasma, e deixo ela de lado até que possa dar um jeito nela, a minha parte eu fiz, agora preciso de sinais pra ir em frente. Aí eu penso em coisas que a gente leva e as coisas que a gente deixa e também as que a gente abandona. Abandonei os vicios da prolixidade e sem nenhum resquício disso eu dei continuidade ao resto das coisas que tinha deixado de lado, o que levo dessa coisa é o cuidado com certas exposições e certas sensações esquisitas que não quero falar agora. O que eu deixei? Muitas coisas, era sobre legado que queria escrever, sobre como é imponente a sensação de ser parte da história, adorarei escrever sobre isso, mas em outro momento, agora, estou escrevendo de Wonderland, sentando na minha tartaruga, bebendo chá com o coelho, me sentindo tão enorme a ponto de não caber em meu próprio lar (a house is not a home). Ver a viagem corredno pra trás é mais seguro, parece que você está sempre fixo a alguma coisa e tudo o que acontece é isolado de qualquer vontade, tem a ver com aceitação passiva, as coisas acontecem e só então você se dá conta delas, quando mudei de banco percebi que deveria ver a viagem pela frente, ver o que está na minha frente e só então decidir se devo ou não abandonar o barco, se bem que abandonar nem sempre é a palavra certo pra essa retirada estratégica, vou ver as coisas do lado que me parece melhor nesse momento, vou encarar de frente, vou tentar levar tudo numa melhor, vou ver o que acontece. Até lá, não espere lucidez,não espere sanidade, não espere loucura, deixe de esperar por que eu aprendi que as vezes as esperanças não valem a espera, aprendi que nem sempre vale a pena só esperar, ir a luta no mínimo te deixará mais consciente da batalha. Dia das mães, poderia escrever alguma coisa sobre isso, mas agora vou tentar ser menos explícito em tudo, o que é da minha mãe, mando pra ela, e o ue for pra você, darei algum jeito de chegar até você (seja vcê quem for seja o que Deus quiser)

Thursday, May 11, 2006

Coisas óbvias também tiram férias

Esse poderia ser um post qualquer, mas não quero coisas assim. Sim, um post no meio da semana, quem foi que disse que só tenho pensamentos no final de semana? Na verdade esse é um post de meio de semana, daqueles que abandonei por falta de assunto, resolvi retomar por que nesse dia tenho algum motivo maior pra escrever. Pra começar, vou pro final do post passado e fixo aqui que tirei as tais merecidas férias, não a de ser eu, pois acho que ser eu é uma coisa que faço até sem saber e sem querer, mas tirei férias desse meu conceito do que deveria acontecer pra que tudo fosse o certo. Tirei um dia de descanso, sem avisar a ninguém, sem ninguém em casa, desliguei a tv, desliguei o computador, desliguei a janela, me desliguei do mundo, pensando sem me prender, me dei asas e saí das nuvens da rotina. E aí nada de problemas, nada de pai, mãe, família, faculdade, colegas, trabalho, chefe, "irmão", nada do que me aborrece me fez companhia, tirei um dia pra não ser nada do que eu sou nos dias comuns, um ser inteligente disse que estatísticas provam que existem 1 aniversário e 364 desaniversários, então talvez existam 364 dias do trabalho que é ser eu e um dia pra simplesmente não ser nada disso, um dia de férias, um dia de ando meio desligado. Voltei a rotina, e entre o onde você estava e o senti sua falta ontem me soltaram alguns estava preocupado com você, mas infelizmente eufemismos não funcionam nesses casos, enfim...Foi bom voltar a rotina depois desse pequeno enorme descanso, bateria meio recarregada, disposição quase que total, energia pra sobreviver por mais um tempo. Dia seguinte, vida que segue, nada de anormal, voltei aos velhos hábitos,cartas, computador, orkut, sono e dor de cabeça (tanta coisa que ainda está sem saber...), e aí mais uma vez a velha tradição, um motivo pequeno que pode se tornar uma enorme diante do histórico que está por trás dela, juro que comecei a sentir a cabeça se manifestando, aquela sensação de nuvens na cabeça, mas aí me veio a luz, ou melhor me veio o passado, uma parte boa, me lembrei de risos, pratiquei os risos, dos sonhos utópicos (santo conselho: não os tenha!), das velhas novas notícias, e optei pelo menos óbvio, não ia pra faculdade, não ia ficar mais tempo, não ia aguentar tudo aquilo, reverti o jogo e fiz tudo diferente. Dei férias ao óbvio, optei por me arriscar, optei por não dar valor aos sentimentos mesquinhos que poderiam me fazer desistir facilmente daquilo que propus pra mim, poderiam passar mil dos meus onibus, todos com lugar no banco alto que não deixariade pegar aquele lotado sentir momentos de frio e de calor, não tocaria por nenhuma coisa amravilhosa em casa, minha ida a faculdade, pra casa eu volto todo dia e disso não vou fugir. Não quero fazer dessa uma bandeira, não quero escrever "Dê féias as coisas óbvias e seja feiz!" em nenhuma flamula pra que isso possa ser hino de alguém, nunca quis isso, não tenho a intenção de ser mártir de causa alguma, quero só viver uma vida simples. Acabei deixando a simplicidade de lado, abandonei um bocado de coisas que me faziam bem (ou seria abandonamos a conjugação certa do verbo?), precisei me dar férias pra poder voltar a algum lugar, precisei dar férias as decisões de sempre pra ver o que de fato é relevante pra mim. Entre conversas e internet vou deixando esse post, talvez não do jeito que eu queria deixar, talvez não com a clareza e determinação com a qual ele foi pensado, não com a força com a qual ele nasceu. Sem motivos óbvios fico por aqui, vou aos poucos fazer uma escala de revezamento de férias das coisas que acabaram se tornando triviais, mas não deveriam. Bom, agora vou dormir e me preparar pro meu desaniversário de amanhã. E amanhã (seja lá qual for o amanhã pra esse hoje...) vou optar pelo menos óbvio. Aguarde...

Sunday, May 07, 2006

Correr em círculo (Um post de férias)

Tento toda semana, em alguma hora do meu dia pensar no que escrever aqui, pode parecer estúpido mas tento sempre achar um linha de raciocínio que me permita escrever tudo o que quero de maneira lógica e retilínea, e o mais improvável é que na maioria das vezes os fatos se repetem, parece que de alguma maneira divina existem várias aplicações a um mesmo aprendizado, gosto disso, das coisas serem menos restritas a certas pessoas. É claro que nem sempre as coisas são assim, as vezes tem um monte de coisa na sua cabeça, muita coisa acontecendo ao seu redor e você não sabe como juntar tudo e tirar um extrato uniforme pra todas as coisas que você viveu. Essa semana, feríado, saída, reencontro, ciúmes, sono, planos, conversas, ausência, jogos, leitura, provas, viagens, coisas novas, pessoas velhas, futuro é uma palavra que praticamente não pratiquei, passado trás a tona a nostalgia de fatos que de tão importante marcam a vida. Escrevi uma carta essa semana, fiz todo o ritual, preparei o papel, as ideias e juntei os dois, letra e conteúdo num envelope pardo com carimbo. Existem coisas que se encaixaram, o post passado termina com uma pergunta que ainda não sei a resposta, gostariade começar a entender os por ques, gostaria de ter alguma forma de saber quando foi que o jogo chegou nessa fase, o que devo fazer? Apertar o pause, o reset ou o power? Adiar, recomeçar ou desistir? Juro que não sei responder e em meio a essa pergunta que obviamente me tem inclinado pra vertente positiva( um reset estratégico, já que grande parte do jogo se sabe jogar), me vem novos diálogos e novas perguntas. Me veio a nostalgia, me vieram os dias calmos de almoços e conversas com duas cadeiras pra mesma mesa, me vem os risos e os cafés, os bolos e os presentes, os atos e os fatos que um dia me deram alguma razão maior e que hoje me dão apenas um motivo de orgulho. Um dos centros morais do universo se separou, o casal quase perfeito me mostrou que o paraíso é mais vivo por trás das portas, nada é tão simples e bonito quanto parece, não torcia por isso, queria um outro desfeche pra essa história, mas aí me questionam se, quando as coisas já vão más e a única certeza é a da dúvida, continuar é uma opção viável. Será? Não sei responder quanto a esse caso, aliás, não sei responder a caso nenhum, mas fiquei com aquilo, será que terminar é a melhor opção? Nesse caso era a única opção, mas será que é mesmo verdade? Começo a pensar sobre algumas partidas e em meio a muitas outras, mais uma dúvida chega. Ah, mas estou cansado de dúvidas, estou cansado de ter que me prender ao que é melhor, ao que é justo, ao que é merecido, não quero me prender a nada disso nesse momento, acho que vou tirar féias de ser eu eu mesmo. Resolvido, vou tirar um dia de férias, pra ser normal, pra aproveitar o frio, pra quem sabe ver o sol se por em outro lugar que não numa janela de onibus, tirar o dia pra desaprender, tirar o dia pra despensar, esquecer, cozinhar, beber mais água, ficar embaixo do edredon, só tentando não pensar em tramas, planos, jogos, respostas e mais perguntas sem nenhuma resposta, talvez assim, num dia frio, onde eu cozinhe e aproveite a tarde, onde eu escreva uma carta pra mim, onde eu durma cedo e tenha uma noite normal de sono, onde em nenhuma parte do tempo eu me veja de volta ao ambiente que não está ao meu redor no momento. Talvez seja loucura, talvez seja utopia, quem sabe eu vá pra além do horizonte, ou encontre um vilarejo, onde o vento é brisa, onde eu faça o futuro quase quebrando o noso mundo, onde eu ressucite nossos primeiros desejos, onde eu tenha música, onde eu simplesmente corra atrás de um coelho branco, onde eu escreva poesia, onde marque um encontro com o passado e o futuro, e depos de corre em círculos eu possa voltar revitalizado. Muita coisa pra pensar, mas acho que vou adiar, hoje vou tirar férias!