Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde nasci,como passei a porcaria da minha infãncia, o que meus pais faziam antes que eu nascesse e toda essa lengalenga tipo David Copperfield, mas, pra dizer a verdade não estou com vontade de falar sobre isso...

Saturday, May 20, 2006

Meus vícios, metáforas e reticências

Sim, tenho vícios, todo mundo tem por mais que seja mais saudável pensar no não te-los. Não tenho dependências físicas ou psicológicas de fonte alguma, mas tenho vicios emocionaise vicios comportamentais, e como todo vício nem sempre fica só o prazer de ser mantido. Encaro como vício qualquer atividade praticada continuamente dentro dos mesmos parâmetros, ou seja, tudo aquilo que faço sempre smepre que alguma coisa X acontece. Meus vícios? São muitos, tenho dependência exagerada de eperança, ainda tenho estúpidas crenças num amanhã bem melhor e mais bonito, ainda acho que se as coisas estão ruins elas podem melhorar ou se elas estão bem ainda acho que podem ser melhores depois de cada dia. Sou viciado em fazer compras em momentos emocionais extremos, antes era quando estava triste, consolava minhas amarguras num cartão de crédito, me conformava com qualquer coisa que eu comprasse em troca do meu silêncio, hoje é quando estou felzi, chego ao nirvana com a simples aquisição de um superflúo bem material. Sim, sou esperançoso e consumista, sou uma antítese em forma de estagiário, sou viciado em novos sentidos, é por isso que escrevo nesse blog, sou viciado em viver ainda que apenas de forma diferente alguma coisa, sou viciado em sentir, sou viciado em novas visões sobre o que parece simples, é por isso que Holden, Alice, Noah, Seth e afins viram personagens tão intímos, é como se de alguma forma eu os desmontasse e os reconstruisse com minhas analises e me tornasse de alguma forma próximo de seus perfis. Sou viciado em pensar em posts, viciado em voltar de ônibus pensando no que escrever, em como escrever, em como seria bom poder falar, enfim, sou viciado em ter essa opção de vida, ter a opção de acabar com todos pensamentos e esvaziá-los pra poder ter novos pensamentos, e novos posts, novos sentimentos, novos comentários inexistestes e imaginários, ter do que orgulhar, isso, sou viciado no que me faz bem por mim, sou viciado em sentir que me basto de alguma forma, mas também tenho os vicios ruins, tenho vicio em acreditar demais, tenho vicio de creditar demais, tenho vício de nem sempre ser tolerante, tenho os vícios dos loucos e santos, tenho vícios que me fazer ser alguém que nem sempre se uer ter ao lado, mas me preocupo em me reabilitar, em tirar isso, em me desintoxicar, em resistir a abstinência dos meus erros, isso, também sou viciado em errar, sou viciado em acertar e em fazer metáforas.
Por que uma vez eu li que tudo poderia ser metáfora pra tudo, e resolvi por em prática e constatei que sim, é fácil, ser viciado em metáforas quando elas estão por toda a parte. Vida e escola por exemplo, uma metáfora óbvia mas que pode se exceder ao que os olhos comuns podem ver, além do convívio e do aprendizado, vida é uma grande metáfora de escola pois sempre existirão aqueles tipinhos, o metido a professor, o puxa-saco, o seu melhor amigo, ou o grupinho estranho, existirá sempre aquela pessoa que todo mundo amdira, existirão sempre os que te ensinam e os que te deseducam, vida e escola são metáforas livres. Faculdade e praia também, as vezes o mar está cheio, você sempre encontra as pessoas desejadas e faz da vida uma coisa muito divertida, tem as noites incansáveis de luau, tem dias em que a aula tá de ressaca e tudo o que você não quer fazer é boiar na matéria. Tudo, digo com toda a certeza de um criador de metáforas livres, tudo pode virar metáfora pra alguma coisa, e eu gosto disso, gosto de ver que a vida é uma grande coincidência, ver que as coisas se organizaram de forma em que todas elas no fundo tem a mesma base, as mesmas lógicas, o mesmo fio condutor, o mesmo pai de todas as criações, no fim, ele estava certo: "Tudo é metáfora, mas só Deus é hipertexto!"...
Reticências? Ah, essas sim, me dizem muita coisa, elas são uma espécia de paixão, um recurso que eu uso, alias uso muito, sempre. Reticências pra mim indicam muito mais, são mais poderosas que o ponto final e mais estimulantes que o ponto parágrafo, uso desse recurso sempre que quero que alguém faça parte do processo de criação, é como se com as reticências eu apontasse a direção edeixase cada um ser livre pra levar o raciocínio que comecei em diante, indicam um novo caminho e não o fim da jornada. Isso, é disso que gosto, reticência não é tão dramática, ela simpleste deixa as coisas serem, elas não tem a autonomia induzida do ponto final, nem a mudança radical de um ponto parágrafo, ela simplesmente abandona a frase no momento em que ela já está crescidiha e já pode fluir sozinha. Acho que minha história não terminará com um ponto e sim com três, todas as histórias deveriam ser assim, foram felizes para sempre e aí ..., você termina do jeito que você quiser, forma felizes uando se divorciaram, quando compraram um cachorro, quando morreram, foram feliz é o que eu digo, mas você escolhe o como. Interação, independência e continuidade, é isso o que cada ponto de reticência significa pra mim, é disso que vivo, de ser alguém social,porém que segue sua frase da maneira como quer e nunca termina nada, sou uma forma humana de pontuação.
Pode parecer que foi muito, pode parecer que não tem sentido,mas me fez e me faz muito bem, escrever com letras azuis, deixar de lado algumas coisas embora ainda sofra por elas, pensar que vícios as vezes a gente mantém pra continuar a viver, alguns vícios a gente mantém só por que gosta. E essa é uma ideia em que em apoio muito, esse post foi um devaneio a bordo do786, lutei pra que ele saísse do jeitnho que está, com vícios, metáforas, reticências e em parágrafos (será que alguém notou isso?), batalhei mesmo pra ficar aqui, acordado, escrevendo tudo o que saísse do meu coração e fosse pra uma tela branca e que essa tela branca pudesse refletir minha verdade. Adoraria que cada pessoa pudesse me conhecer melhor, mas não sou forte o suficiente pra me expor a tanto, sou só um apanhador de mil faces, mas todas elas com esses vícios emocionais e linguistícos, cheios de esperança e sem nenhum medo de ter medo, não agora
(...)

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Eu também abuso do artifício das reticências quando escrevo, mas tb por mostrar que meu pensamento está incompleto. Ponto final é pretensão, todos os pensamentos são incompletos. Nem a morte dá ponto final nas idéias já que muitas ficam para análise e descontrução por outras mentes (nem sempre brilhantes). Mesmo as idéias que se perdem ao vento ainda guardam sua triste sina de serem perenes inconclusas.

Mas as reticências também são ótimas para induzir o pensamento alheio. Total Manipulação! Mas ainda não consegui ter o poder de lavar cérebros, infelizmente...

12:11 PM

 

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