Seus clichês, minhas retóricas.
Sejamos sinceros, existem poucas perguntas das quais não sabemos a resposta, mas as coisas seriam chatas demais se a gente simplesmente aceitasse as respostas adequadas sem questioná-las. Faz parte de ser humano questionar até mesmo o óbvio. Existem também, respostas descartáveis para perguntas batidas. "Seja você mesmo", "Decida com seu coração", "Não se preocupe" e "Saia dessa" provavelmente ganharam menção honrosa no campo das respostas instantaneas. Mas e agora? O que escolher, silêncio ou o óbvio. Mais uma vez volto a lembrar que já sabemos as respostas para a maioria das perguntas, mas é comum a qualquer mortal querer uma segunda, terceira ou quarta opinião. Ou não! Nem sempre minha retórica precisa ser seguida pela seu clichê, aliás, minha retórica só é retórica porque eu já sei qual o clichê certo a ser usado. Eu sei que não devo fazer medicina se prefiro cozinhar, sei que é pra irrelevar aquela briga de transito e sei que não é pra continuar naquelas situações que não fazem bem, mas será tão desnecessário assim questionar as respostas? E para uma retórica, é necessária uma resposta clichê? Prefiro um sincero e descompromissado "seja você e faça as coisas no seu tempo" a um "você sabe a coisa certa a fazer". Sim, sei a coisa a certa a fazer, mas talvez não seja a hora, talvez não seja o lugar, talvez exista uma diferença grande entre o que eu devo e o que eu posso. No final de tudo o que se segue é um jogo de ping pong entre perguntas que você sente que não deveria fazer e respostas que você já sabia quais seriam; no final do jogo um empate onde ninguém ganha. No final das contas, prefiro como resposta uma grande interrogação questionadora a uma resposta prevista e já preparada. Não há nada mais gostoso que fugir de um clichê; não há melhor resposta para uma retórica que uma nova questão.
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