Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde nasci,como passei a porcaria da minha infãncia, o que meus pais faziam antes que eu nascesse e toda essa lengalenga tipo David Copperfield, mas, pra dizer a verdade não estou com vontade de falar sobre isso...

Sunday, February 19, 2006

Sobre o que desaprendi

Don't worry about a thing, essa frase do Fountains of Wayne me parece bem verdadeira agora. Não se preocupar com nada é o que a maioria das pessoas finge que faz mas no fundo essa mentira pessoal nos deixa mais capazes de levantarmos nossas coisas e sair atrás da coisa nova antes que a velha acabe ou tenha um fim pior que o fim natural, mas não quero falar sobre o fim de nada, pois pra mim tudo ainda está só no começo. Ontem eu fui no show do Rolling Stones, praia de Copa lotada, 1,5 milhão de pessoas ao meu redor, uma coisa Jorge Ben poderia descrever bem essa coisa praiana, mas é só rock 'n' roll mas eu gosto disso. Ficou tarde mas ainda assim fomos pra Lapa, coisa de principiante achar que sair, depois de ter entrado naquele ambiente, seria fácil. Hip Hop do bom, todo mundo dançando, amanheceu...Meu Deus eu tenho prova amanhã, concurso de agente educador, como vou fazer prova se chegar em casa de manhã? Ai Meu Deus...Cheguei, dormi pouco e lá fui pra prova, mas nem tinha estudado memso, se tivesse que não passar eu teria estudado e dormido cedo, o que será, será, não me preocuparei. Deu certo, a prova foi fácil, eu acho que conseguirei alguma coisa depois disso tudo, ainda que seja apenas a visita ao Oscar Tenório. Não me preocupar, tinha esquecido como era fazer isso, ou melhor, tinha desaprendido a fazer isso, assim como desaprendi muitas coisas. Desaprendi a dar bom dia pro Sol, boa noite quando for dormir, desaprendi a falar mais calmamente, desaprendi como é difícil fazer de cada um dia. Não que tenha sido proposital, não que eu tenha desaprendido a fazer as coisas, as circunstancias apenas me levaram a essa situação, eu desaprendendo a ser o que eu quero, ou pelo menos devo querer, ser e estar. Desaprendi a encarar as coisas sem me jogar direto nelas, desaprendi a fazer as coisas sem pensar demais nelas, desaprendi a ser relaxado com as coisas, desaprendi a relaxar com as coisas. Mas isso não é o que eu quero, eu quero aprender, eu gosto disso, gosto de fazer as coisas serem novas pra mim, me excita o gosto de coisa fresca na cabeça, aquele gosto bom de novidade pra contar, mas como posso ter novidade se desaprendi a aprender? Desaprender não é o verbo que mais combina comigo, não é ação que mais faço e está longe de ser a coisa que mais quero fazer, eu quero aprender, eu quero ter a chance disso, eu quero poder fazer as coisas falerem a pena, quero mesmo. Quero que tudo dê certo e sei que pra isso eu tenho que me esforçar e reaprender aquilo que desaprendi e aprender o que ainda não aprendi, quero entender o que ninguém entende, quero sentir o que me faz bem sentir, quero reparender a andar com o cabelo molhado no vento pra poder refrescar a cabeça no sentido mais literal da palavra, quero voltar a entender como é divertido cantar uma música rindo, quero aprender que não importa onde nem quando mas que smepre vale a pena estar perto de quem te faz bem, quero aprender a me desapegar um pouco dos meus vícios pessoais, quero aprender a separar melhor esse meu novo eu e poder ver que ter amigos é bom mas que meus amigos são meus maiores bens mas não minhas posses, quero reaprender a fazer novos amigos, não pra poder aumentar meu círculo de amigos conforme já me foi sugerido mas sim pra ter essa coisa boa e fresca de descobrir novos alguéns dentro de alguém, começar a manipular suas primeiras impressões pra poder ter enfim uma opinião formada a respeito de alguém, quero reaprender o meu lugar nesse mundo, quero reaprender que não sou o dono da verdade mas quero continuar aprendendo a ser mais eu e ver os benifícios que isso me traz. Caraca quanta coisa que desaprendi, desaprendi a levar a coisa numa boa, don't worry about a thing, desaprendi a passar por cima de algumas coisas de algumas situações. Situações, é disso que toda essa trama emaranhada é formada, o que aprendi com um, desaprendi pra outro, sempre em adequando ao cenário, sendo vítima das circunstâncias mas ainda assim alterando-as conforme a minha melhora. Com isso termino minha ideia, vendo que nem sempre possa se chegar a uma conclusão ou análise de alguma coisa, aprendendo que tenho defeitos graves que preciso consertar, mas é isso que quero, quero desaprender a desaprender o que não devo. Entendido? Talvez sim, talvez não, acho que vou ter que desaprender a escrever coisas tão singulares, se bem que isso eu não quero desaprender e acho que não vou. Faz parte de mim, ser esse eu lírico, ser essa eu lúdico de cada situação, dane-se o homo sapiens, eu quero mais é ser o meu homo ludens e poder brincar com o meu nariz, quero ir pros stones e depois pra Lapa e não me preocupar com os danos disso, não que não vá fazer uma análise,mas muitas vezes tenho a resposta e me forço a olhar pelo lado mais negativo, sempre tendo uma margem de erro extremamente larga. Acho que preciso desaprender a fazer tantos cálculos...

Sunday, February 12, 2006

Três Casas

Cheguei em casa, não na minha fixa, mas vale como tal...Santa Emily dos escritores sem Internet. Cheguei do cinema, comi chocolate, fui ao cinema, me diverti, tantas coisas pra escrever. Tudo pra escrever, uma semana como tantas outras, intensa como todas as horas desses dias de fevereiro, alias desde o fim de janeiro as coisas são assim, mas não quero falar sobre meus problemas, não quero falar de todas as vezes em que quase chorei, das vezes em que senti o corpo caindo, das vezes em que perdi o sono, das vezes em que fiquei acordado vendo a noite, das vezes em que muitas vezes eu não quis ver e ser aquilo, não dessa vez, dessa vez nada de tristeza. Poderia também falar das coisas boas, falar sobre como a água do trigésimo andar me rendeu uma conversa com um novo amigo, poderia falar de como é perceber o quanto uma pessoa é especial no momento em que você passa um tempo com ela, falar sobre a despedida ao estagiário Rafael ou falar das músicas bonitas que saem do violão mais emocionado que eu conheço, mas também não tenho esse propósito. Tudo isso é sim, muito importante, isso é minha vida, isso é o resultado do que pratico e experiências de base pra quem eu sou e quem eu quero ser, mas isso tudo se resume em altos e baixos, todo mundo tem disso e não acho que seria justo fazer desse post mais um texto sobre um problema que por tempo indeterminado ficará mal resolvido, acho que tenho que mudar um pouco a faixa, vou deixar isso pra segunda. Queria poder falar sobre como foi bom tomar um banho de chuva na quinta, dançar com a água no rosto, sorrir por algo tão divino e maravilhoso, queria falar que repeti a dose na sexta e dessa vez com companhia, ainda bem, a canção, estava ao meu lado, nos meus ouvidos pra fazer o tom certo ao lado da água escorrendo no meu rosto, mas banhos de chuva são coisas pra serem vividas, sentidas, lava a alma...Mas então sobre o que falar? Na verdade isso tudo é uma grande ilusão, desde o início eu já sabia qual seria o tema desse post, já deve ter uns três meses que espero anciosamente por esse post que já sai concebido por completo, com nome definido a tempos atrás. Três casas, uma homenagem a essa forma branda e serena de terapia, uma visão retilínea sobre a boa ação (Meu Mitzva) que isso me gerá, uma conversa sincera a alguém inanimado, a essa forma de comunicação escrita, a esse canal multicolorido e desforme de expressão emocional, três casas, unidade, dezena e centena, meu centésimo post. Poderia falar sobre qualquer coisa que me aconteceu, poderia usar qualquer ponto da minha visão única de cada fato, mas não acho que seria justo ter um post tão importante tomado por algo que pode se tornar irrelevante em algum tempo. Quero dizer que nesses dias onde me tem feito bem ver meus motivos de orgulho, onde é importante exercitar essa minha descoberta de uma auto-estima até então não existente, onde eu preciso me ver digno de algum esforço e onde eu começo a ter consciência de quem eu sou pro mundo, eu posso fazer algo de bom pra essa ferramenta que só me faz bem. Meu blog está comigo já faz um ano e meio e depois de cem posts posso dizer que posso trata-lo na terceira pessoa, parece que criou uma vida própria, uma identidade que independe do produto que eu quero tentar ser, meu blog é a visão mais visceral e sanguinea de minha existência. Me descobri sobre vários angulos, me refiz de tantas maneiras, me reinventei sempre que foi preciso, e em cada momento eu estava aqui, escrevendo. Não tenho a intenção de dizer o que andei fazendo durante esse pedaço da minha jornada, não fazer flashback nem tentar resumir o que vivi em algumas linhas, cada post tem seu peso, sua história e sua cor, que em muitas vezes reflete também algum aspecto do meu humor. Queria dizer que essa é minha maior terapia, que não existe nenhuma análise externa melhor que essa, que não sinto que em nenhuma parte dessa minha coisa eu poderei ser mais sincero que aqui, nesse lugar deposito minha confiança, esperança e verdade, nesse meu blog. Ele pode ter um template manjado, pode ter frases clichês que não me pertencem, mas quem disse que é preico viver sozinho ou quem disse que somos resultaods individuais de alguma experiência social? Sim, salve a socialização de pensamento. Mas também, quem disse que eu preciso de comentários pra fazer essa máquina se movimentar? Sei que tem gente que lê e não comenta e nessa semana descobri que tem gente que comenta anonimamente, mas nada disso é maior que minha presença, eu sou meu maior crítico, releio cada post após ser escrito, mas não os condeno nem muito menos me condeno, até aqui, cada post teve seu momento e é disso que eu vivo, de momentos, quando estava triste escrevia, quando estava alegre escrevia e nunca me passou nenhum pensamento na cabeça nesse últimos dezoito meses sem ser considerado um possível tema pra um post, mas não sou eu quem decide isso, são eles, os temas se mostram prontos pra mim, com título e tudo, eu só ponho minhas mãos nas teclas e minha cabeça faz todo o resto. Descobri uma vontade muito grande de escrever aqui e sinto que os meus melhores textos sempre vem quando penso que eles poderiam vir a viver no campo de centeio. Esse é um dos meus orgulhos, acho que ele na verdade resume todos os meus orgulhos, pois aqui posso falar do meu jeito sobre meus amigos, sobre meu dia, sobre a rotina, sobre um armário que muda de lugar, sobre o que não conheci ainda, sobre o que nem sei se vou viver, sobre vida e tudo o que constitui ela, seja minha ou não. Isso é o que eu tenho de melhor a oferecer e isso é tudo o que tenho a oferecer...

Saturday, February 04, 2006

Ela X Ele na cidade sem fim

Um post mais verso que prosa, esse é o post certo pra eu falar dessa semana. Entre as muitas nuances desses sete dias a maioria puxa prum tom mais sombrio e dark, sempre que penso nele, mas ainda assim, no fim, tudo se ilumina quando eu penso nela. Quem é ele? Quem é ela? Um série de coisas me faz deixar as metáforas crescerem de uma forma em que elas aparecem como figuras necessárias para esse post. Quando tudo começou? Não lembro, quando vai acabar? Não sei e nem desejo saber...O que há pra dizer de uma semana onde vem sem nenhum motivo e por todos os motyivos uma vontade enorme de chorar? O que eu fiz? Chorei é claro, lá na minha mesinha, nos ombros da Su, sem ninguém ver, sem nem ela notar direito, que vontade de chorar foi aquela...Sim, essa foi uma semana intensa de cores bem definidas e emoções paralelas, senti tanta coisa que nã sabia que poderia sentir, senti tanta coisa que nem queria sentir, sim, esse foi o verbete da semana, sentir. Raiva, que sentimento horrivel né? Pois é, senti raiva, até mesmo sem saber que era raiva, não acho que seja o pior sentimento do mundo, mas nem sempre é justa, as vezes pessoas que não tem muito a ver com a situação toda acabam pagando o pato por coisas que não lhes dizem respeito. Respeito, é isso que quero, é isso que não sinto, é sinto que espero já que ofereço respeito, muitas vezes o desrespeito não vem das ações, mas em algumas vezes vem de inexistência delas. Eu tô cansad0 de ter sempre que arranjar um bom motivo pro pontapé inicial, de ter sempre que ser o começo e nunca o final, então só me resta esperar agora e nem quero falar disso, quero manter isso onde eu deixei encostado nas vezes me que não tinha issoi nas prioridades de pensamento. Na falta de calma e paciência para com os outros a solução mais óbvia e verdadeira foi o isolamento, lá fiquei eu, um dia inteiro, dedicando poucas palavras a quem começou o diálogo, só sair dali pra fazer o necessário, sem fome, sem sede, sem coração, sem alma, só o corpo escravo das obrigações pra saciar as necessidades de um andar inteiro. Ah mas isso foi necessário, mas nem um pouco querido, se tem uma coisa que odeio é silêncio, principalmente o que é provocado por minha falta de vontade de quebrá-lo. Mas uma coisa me fez bem, uma coisa me acalentava, uma coisa me dava esperança e me fazia torcer pra semana acabar logo, não pelas coisas ruins, mas pela boa do fim de semana. Sexta a noite, uma noite com Vanessa da Mata, tudo o que precisava e merecia. Pra tirar ele da cabeça só ela podia me ajudar...e ajudou. Um belo show, músicas novas, músicas velhas, músicas, música...Parece que tem alguma maldição nas poltronas do canecão já que das últimas vezes em que lá estive minha cabeça e coração doiam, como éle é injusto, mas foi só ver as flores e eu me acalmei. Vem, e as outras me tiraram do corpo e me fizeram levitar sobre minha própria existência, parecia que eu só estava lá pra isso e ela só estava cantando pra minhas coisas escondidas nesse coração semi cravejado de rubis. A companhia sempre ajuda, te abraça na músca certa, ri com você no trecho exato, faz o papel perfeito pras horas imperfeitas, no final, ela reduziu ele a nada, é mundo, você póde ser poderoso pra receber o nome de Ele, mas não é indestrutível e ainda precisa provas essas coisas de amor, de irmão, que insiste que me dá por que ela não tem culpa, nem vontade. Coisas da vida...
É, Vanessa acertou mais uma, ela smepre acerta mesmo. Desde o começo sempre foi uma especie de guia da minha vida, sempre com a música vestida perfeitamente pra cada momento, pros tristes e pros alegres, ela sempre esteve ali, do meu lado, sussurrando nos meus ouvidos sua música, sua doçura, sua leveza, sua graça e vontade. O que dizer de alguém que parece ver a vida pela minha lente e transformar cada coisinha numa música, mas o que nasce primeiro? Meu momento ou a música dela? Acho que é um encontro, elas sempre nascem antes mas esperam o momento certo pra poderem desabrochar, esperam que eu indique a hora certa da canção ser tocada, ouvida, entendida e acima de tudo sentida. Sim, na maioria das vezes não ouço as músicas dela, eu as sinto, fecho meus olhos no show e sinto que cada palavra é unica e exclusiva praquele momento, sim, essa é Vanessa da Mata, uma boneca com manual, que me deu belas histórias sobre gatos e flores, que me apresentou uma palheta multicolorida pra poder ver a vida, que em deu belas palavras pra concluir minhas ideias, ou em algumas vezes dar o pontapé inicial, a ela só penso em agradecer já que ela é um belo antídoto e me provou isso mais uma vez, comecei esse post pensnado no meu problema e termino mais uma vez vendo a solução que existe bem na frente dele e ela é tão simples:
"Se voltar desejos ou se eles foram mesmo, lembre da nossa música" .