Madeira e neurônios
Meus olhos senpre ficam secos depois que eu choro e, é com os olhos mais secos desses tempos que começo um post que tenta reunir muita coisa na esperança de fazer algum sentido. Estava tudo estrategicamente organizado prum post bem legal, mas aí as coisas mudam. Tem menos de uma hora que vi na tv uma história de uma bebezinha que foi achada, enrolada num saco plástico, jogada num lago, por sorte ela estava viva e ouvir aquele choro inocente num mundo de leões me fez desabar. Chorei pensando no quanto minha descrença nos estranhos aumenta, chorei por ver que não quero esse mundo no meu futuro, chorei quando imagino como será a vida dessa garotinha, o corpo sobreviveu, mas quem vai dar subsidios pra alma crescer? Em breve eu vou esquecer dessa história assim como esqueci de muita coisa que não queria esquecer, de muita gente que não queria que tivesse de esquecer, por que elas se foram? Minha avó, meu avô, minha tia, tanta gente que seria injusto da minha parte tentar salvar todos nesse post, quase tão injusto quanto duvidar das leis do universo e questionar a razão da partida deles, mas se pudesse pelo menos me lembrar deles como a última vez, lembras das coisas que o tempo vai apagando, cheiro, olhar, toque, abraço, jeito, voz, cabelo,e tantas mais coisas que o tempo me tirou. Mais uma coisa pra me prender, mais uma certeza e mais uma dúvida, quanta coisa veio juntae parece estar desconecta mas ao mesmo tempo relacionada por um motivo qualquer, quanta coisa a ser arrumada. Alias sim, tenho muitas coisas a arrumar nessa semana remanescente de férias. ´Preciso arrumar minha mochila, mesmo querendo comprar uma nova, preciso arrumar meu horário, arrumar, arrumar, arrumar mas, o principal a arrumal são meu guarda e minha cabeça. Sim, essas mobílias precisam e devem ser reorganizadas, não que estajam sujas ou que sinta essa necessidade, mas nem sempre é necessário fazer as coisas por vaidade, tem tanta coisa no meu armário que eu nem lembro que existe, tem tanta coisa na minha cabeça que eu nem sei que existe, arrumação já. O guarda roupa será uma missão árdua, não sei como consigo guardar tanta coisa ali dentro mas não é assim também com a cabeça? Sim, tem coisa demais em um espaço pequeno, tenhoespaços sobrando pra algumas coisas e esaço faltando pra outras, o que me faz perceber que minha maior missão será simplesmente colocar as coisas no lugar certo. O guarda roupa vai ser bem fácil. tiro um dia inteiro e vou vendo, meus sapatos, roupas, caixas vazias, caixas de lembranças, brinquedos, albuns, livros e tantos papeizinhos que vagam pela caixinha de madeira. A cabeça nem tanto, vai ser um pouco mais difícil recolocar as coisas numa sincronia exata, vai ser fácil achar espaço pras coisas mas dificil leva-las até sua nova posição, entender melhor como funciona a caixinha de neurônios mas pra isso vou ter ajuda. Depois de conversar com as pessoas certas e ter o apoio necessário tomei uma decisão bem importante, não vou fazer nada de absurdo, nada de viajar ou ir morar sozinho, vou fazer algo que me mudará pra eu poder vencer o mundo, análise. Sim, vou fazer análise, não sinto necessidade disso e espero que não vejam isso como uma coisa de maluco, não estou mal nem nada disso mas, tenho uma certa necessidade, um certo desejo e uma curiosidade bem aguçada pra saber como as coisas que chegam até mim me afetam, saber uns porques, saber explicar alguns gestos e algumas ações, ver se consigo melhorar em algumas partes, aprnder a lidar com outras, no fim de tudo ainda que não ache o que procuro essa será uma experiência muito válida e extremamente benéfica, espero apoio e não críticas ou questionamentos, não é nada de tão pesado quanto alguns pensam, eu só vou poder me abrir melhor sem o peso de medir as palavras ou projetar melhor meu discurso de acordo com quem ouve, espero que funcione. Ainda não sei quando vou começar nem nada disso, talvez tanta alvoroço nem dê em nada agora, mas o principal reside em mim, vontade, curiosidade, condições físicas, ideológias e financeiras, um lugar legal, alguém que me ajude a escolher o caminho certo, espero que dê certo e sei que vai dar. Na sexta tem Vanessa da Mata, uma decisão até que ´rapida e feliz, ainda me lembro da primeira vez que a ouvi, ainda me lembro da última vez que a ouvi, ficarei muito feliz com isso. Poderia falar tanta coisa que está me angustiando, a reciprocidade que não se enquadra nso padrões comuns a ambos os lados, os esforços que não vejo, as coisas que me deiam triste e em decorrência dissoa aparência nauseabunda (dá pra acreditar que falaram isso? Que estava nauseabundo...), a falta de humor, a ignorância cavalar, esses pequenos detalhes que compôe uma rede enorme de defeitos que resistem sem lutar na minha cabeça, essa caixinha de neurônios. Queria achar uma solução lógica, achar um pouco da vontade de escorre pelo chão em que piso, queria deixar de acreditar nas coisas óbvias que vejo, queria ser menos desesperado, queria ser mais idiota, mas agora não dá, mas se não peço compreensão também não necessito de julgamento, vou tentar como sempre tento e tentarei quantas vezes forem necessários. Em todos os casos aqui expostos, em todas essas situações que não vejo como problemas em nenhum momento, os vejo como desafios, então, em todas esas situações cabe a mim e eu vou, fazer dar certo.