Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde nasci,como passei a porcaria da minha infãncia, o que meus pais faziam antes que eu nascesse e toda essa lengalenga tipo David Copperfield, mas, pra dizer a verdade não estou com vontade de falar sobre isso...

Thursday, December 28, 2006

O menos Natal dos Natais Atrasados

Talvez tenha terminado somente hoje de fato o meu Natal, não pelos presentes ou pelas comidas já tão caracteristicas, continuo descobrindo que Natal não é meu dia favorito pra comida visto que nada na ceia me apetece de fato. Começo a escrever após ter visto aquele especial da Elis e descobrindo que eu queria demais ser parte dessa época por motivos como esses. O que vem a ser Natal? A virada do dia vinte e quatro para o dia vinte e cinco, o dia em que juntamos nossas famílias, o momento em que trocamos presentes, comemos, celebramos a união e sentimos de fato um amor novo e algumas vezes um amor renovado. E o que faz um Natal ser mais ou ser menos Natal? Se pensarmos nas possibilidades anteriores que dizem o que vem a ser Natal perceberemos que um menos Natal pode ser a ausência de algum desses fatos, o que por um lado é verdade e por outro é completamente falso. Meu Natal é um desses casos de menos Natal, não que tenham faltado presentes, embora os mesmos já tenham sido entregues duas semanas antes e por conta disso a total ausência de surpresas, tivemos uma ceia, sem muito de família, pude perceber que existem vários tipos de família dentro do conceito de família e naquele momento a minha se reduzia a duas pessoas além de mim, meus companheiros de natal, de vida, meus pais. Ceia comum, aquelas mesmas comidas que me fazem ir dormir cedo e com fome, um especial da Disney na tevê, meia noite, família aumentada, beijos, abraços, uma lembrancinha pra data não passar despercebida, uma ligação interrompida (que de certo modo é uma das minhas tradições mais tradicionais de Natal). Desligado o telefone, começo a ver encontros e desencontros. Durmi. Acordado uma vez pra receber as felicitações por uma data tão especial. Um dia um tanto quanto monótono, sem grandes realizações de fato, mas a verdade é que nenhuma dessas coisas fez um menos Natal pra mim, a verdade é que todas elas fizeram, todas elas estavam ali quando de repente me vejo pensando que não pensei em nada de fato sobre o que deve ser o natal. Cadê Jesus? Onde estava meu pensamento que não deu muito importância pra família? O que me ocupou tanto que me impediu de fazer gestos delicados de presença e de desejo de um feliz natal pra tantas pessoas que eu amo? Não sei...Só sei que tive um Natal quase nada Natal, talvez se não fosse pelo amor, teria passado apenas um dia com comida e alguns presentes(pessoas presentes tá?) no sofá. Jádo dia vinte e cinco, tenho um certo orgulho, não pelo pseudo altruísmo, mas pela vivência plena de o que vem a ser um Natal, uma celebração de vida, ali naquele dia, naquele momento, durante algumas músicas, entre as refeições, nos meios do percurso, ali sim, vivemos o Natal, ultrapassamos as barreiras de distância, quebramos todas as más impressões, passamos por cima de todos os problemas e superamos todas as nossas aflições. Aquilo sim era Natal, não pela comida que comemos ou pelos presentes que ostentamos, mas por puramente ver um amor nascer e ser renovado. Existem certos momentos em que nos ´pegamos pensando sobre como a vida é e como ela deveria ser pra nos agradar, mas anda disso importava, ali, naquele momento, no nosso natal, nós éramos nossa família, nós éramos nossos presentes, éramos nossos fins e nossos meios, éramos o começo e fim de uma emoção que estávamos dispostos a viver e compartilhar. E se depois dessa experiência grandioso, da qual só percebo grande parte da importância nesse exato momento ainda me faltava alguma coisa pra viver o Natal, seria essa, a festa de fim de ano, talvez não tenha sido de Natal, mas a verdade é que estavam todos lá, as lembrancinhas, as comidinhas, os abraços, os convidados, tudo o que teoricamente poderia vir a ser um Natal, mas não foi, apesar de todo o amor cercado ali não existia uma sensação de Natal, mais um menos natal pra mim. Quando acabou nada de se sentir realizado, feliz, aliviado, em paz, a vontade de ir pra casa era grande, metade pela oportunidade de chegar mais cedo do que nos dias habituais de trabalho e outra metade pelo medo da situação atual do Rio de Janeiro. Sim, tive Natal, não sei se foi de fato o menos natal de todos, talvez seja essa ausência enorme de decoração e empolgação explícita que me deram essa sensação, talvez seja eu que não veja as coisas do jeito certo, mas isso não importa agora, o natal já passou...Só me resta agora esperar pelo ano que vem...

Sunday, December 24, 2006

Napolitano

Já estava na terceira colherada daquele sorvete que fui buscar na cozinha. Comprado ontem após uma breve pesquisa etre os interessados, o bendito do napolitano havia levado meu voto. Hoje, enquanto saboreava meu sorvete cheguei a uma colcnlusão, não gosto de sorvete napolitano. Não quer dizer que não coma ou que estava comendo a contra gosto, já disse que ele era o que eu quis né? Pra começar devo dizer que não gosto de sorvete de creme, acho extremamente sem graça e ainda me pergunto de que é o creme do sorvete de creme, segundo, nãocurto muito a parte do morango, não posso dizer que não gosto, mas confesso que sabores extremamente artificiais apesar de divertidos, não vão bem algumas vezes e por fim, chocolate é uma coisa, sorvete de chocolate é outra bem diferente, é bom, mas não é igual. Esclarecido que não aprecio o tal do napolitano percebo que foi uma escolha bem óbvia e insegura, afinal de contas, o que vem a ser napolitano que não três sabores no mesmo pote? Sim, por pura falta de vontade de escolher um que me agrade por completo ou no total desejo de ter o poder de escolha sobre qual sabor deveriua ser levado a boca, me abracei na possibilidade de ter três pelo preço de um. E não pense que isso e trata apenas de sorvete, tem a ver com o canal a assistir, o lugar pra ir ou coisas assim, sempre quero todas as possibilidades e quando não dá pra serem todas (o que quase sempre é o que acontece) fico com a possibilidade que ofereça mais possibilidades. Dificil entender? Talvez, mas quem disse que seria fácil entender qual era um post que nasce a partir de um sorvete napolitano. Tudo culpa daquele Bruno Medina

Sunday, December 10, 2006

Sobre os últimos choros

Se não fosse tudo culpa da minha total desatenção e falta de respeito a esse pesçao confesso que teria menos choros a relatar, visto que não teria vivido as experiências dos últimos três dias. Devo começar antes de tudo avisar que não se trata de um choro de tristeza e dor, se trata de um choro bonito, dos que merecem ser expressos, dos que merecem ser vividos e relembradas. O primeiro diz respeito a um sentimento de muito orgulho e de muita reflexão, diz respeito ao tempo que passamos juntos, ao tempo em que crecemos com outras pessoas ao nosso lado, diz respeito a quanto percebemos que apesar de continuarmos os mesmos, nós mudamos, um mudou o outro. Uma pessoa que se foi, naquela época ainda era estraho imaginar pra onde ela iria, mas agora já sabemos que só restou a satisfação do trabalho bem feito e a certeza de que construimos algo bem maior que um edificio ou coisa assim. Uma visita inesperada e uma intensa sensação de vida entrando por todos os lados. Uma nova épocafavorável a novos recomeços parece querer despontar, será preciso muito mais de mim e eu sei que o bom parece que vai continuar indiferente de tudo e ainda assim o medo do novo parece ser menor do que a esperança de bons tempos. Vi a vida em minha frente, aquela coisa que construimos ao longo do tempo, tive medo de perder isso, mas vi ue a certeza de um amor maior que tudo é bem mais confortante. Mudamos de cenário, agora uma outra situação, um abraço na chegada, um sorriso sincero, estávamos bonitos naquele dia, eu nem tanto, cheguei cansado e confesso não ter me produzido muito pra prova e pro programa de depois, mas ainda assim passei a estampar um sorriso que em apreceu dos mais brilhantes. Ela foi pra frente, eu a absorvei, tentei ter a lembranda mais distante de nós, lembrei me das histórias de nosso passado que haviam sido contadas, lembrei me da sua vida antiga, lembrei ao máximo e me parei ali, naquela visão, meus olhos de onze anos vendo com orgulho algo que pareceria banal, me lembro ainda hoje, saia azul, andar apressado, quis gritar, mas já estava muito longe, mas ainda assim o orgulho persistiu. Chorei, passou tanto tempo depopis disso, tanta água já rolou e eu me senti tão bem vendo o quanto coisas incrivlmente boas chegaram pra todos ao nosso redor, quis dizer isso pessoalmente, mas preferi guardar aquela visão só pra mim, deixei minhas lágrimas serem um espetáculo pra apenas uma pessoa. Passou o tempo, quis escrever sobre isso mas não o fiz. De alguma forma esperava que alguma coisa chegasse pra completar essa cena e ela veio. Não tenho como negar, fiquei com medo de não ter nenhuma reação, fiquei com medo de não dizer tudo, fiuei com medo d epassar tanto tempo e deixar todas as certezas se apagarem, mas tentei ignorar isso, assim como tento não ignorar o fato de a música em meu ouvido ter acontecido numa mesma pépoca de um tempo não muito distante onde o sentimento de dúvida era tão grande tanto ou até mesmo maior. Senti falta do abraço, ainda que não o de longo prazo, mas o de boa noite, de querer dizer que estava com saudades e vou sentir mais ainda, mas nada, o tempo pareceu não querer cooperar conosco. De certa forma foi melhor, evitamos o drama e deixamos tudo parado, congelado no tempo até que possamos voltar a partir desse momento. Luzes iam me guiar até em casa e inflamar meus ossos e eu quis alguém que tentasse me consertar, mas nada além de lágrimas que caem do meu rosto após perder algo que não poderia recolocar. E depois disso uma talvez paz, um dia cheio, alias, dias cheios, de reencontros e de percepções sobre o quanto nostalgia me faz bem e do quanto me puxa a um lugar que só nós conhecemos. Estômago cheio, esquecimentos a parte, vamos fazer a mágica de novo. Novas pessoas, novos pedaços de circúlos, abraços num chão gelado alheio e sorrisos sinceros estampados em fotos coloridas. Hoje, o último choro do post, uma chegada até que apressada, uma pausa prum cachorro quente improvisado e lá estava eu, olhos azuis, dentes postiços, nada da cena que esperei, um casamento e uma surpresa, a raiz da raiz, guardar o coração de alguém, guardar alguém no coração, palavra por palavra o liquido se formou, ao fim de tudo escorreu, suavemente por mim, rosto e alma, felizes por ter ver uma beleza incrivel e inesperada, um supernova de cor champagne em meu céu. Não sei como será em breve, sobre como serão os reencontros com pessoas e situações, quanto tempo levará pra mágica ocorrer de novo, se meu coração suporta uma distância que se mostra maior do que eu poderia imaginar, alias a única coisa que me resta agora é imaginar como está sendo olhar com olhos que não são meus. why? why? why?(champagne supernova).