Saber regar a planta certa
Tõ exausto, juro que passei por coisas que mesmo tendo me dado um prazer estelar me deixaram com o corpo um caco, estou com aquela sensação de fim de festa e me conforto na idéia de que a vida não é uma festa e sim várias(que nem diz o comercial da Melissa Celebration) e que para uma festa começar uma outra tem que ficar de lado. Poético pra uma coisa tão simples, um eufemismo desnecessário pra descrever uma simples e prazerosa, comer pizza num domingo com amigos ou ir a um show em Botafogo em plena terça. É isso que faço com as coisas, elevo elas a condições essênciais que elas não possuem, deixo as coisas meio fora de ordem. Provas disso não me faltaram ao longo dessa semana em que pequenos grandes atos foram analisados, dissecados, comentados, avaliados, elevados, super estimados e tudo o que mais foi possível ser feito. Coisas que poderiam passar desapercebidas foram pescadas numa hora errada e acabaram por tomar formas devastadoras que só nos fizeram perder tempo e um belo papo animador num pré-show bem legal, acabamos perdendo nossas energias que poderiam ser conservadas pra ver um clipe ou cantar uma música. Sempre fui de fazer isso, me apegar a sentimentos mesquinhos que me levam a uma série de reflexões que não me levam a lugar nenhum além das sombras e lados B das minhas emoções, não curto pensar nisso e sei que seria vergonhoso dizer que muitas vezes em que me bate a sensação intragável de que algo está errado eu me faço de pobre coitado e finjo que o mundo está de mal comigo, que ninguém me entende e que um amigo, qualquer amigo, não é tão amigo quanto espero que seja. O pior de tudo é que isso é inevitável, tenho uma sindrome de gatinho como diz meu amigo Dedo, não consigo fugir dessa regra, acho que grande parte disso vem de que sempre espero uma reação parecida com a que eu teria e quando isso não acontece eu acabo me frustrando e semeando maus sentimentos que muitas vezes são infundados e só me deixam mal. Outro exemplo foi hoje, não vou dar a situação mas vi que do nada não tinha a companhia que pensei que teria, queria virar pra conversar, bater o papo que as conversas ao pé do ouvido e a coletividade não permitiram, fiquei sozinho, não fui voltar pra conversar, saí andando sem rumo certo, procurando outro alguém. Fiquei um bom tempo me cutucando, me martirizando, num masoquismo individual e secreto, sentado num banquinho de lápis e desencanei disso. Resolvi cultivar a coisa certa, sei o que sinto, sei o que todos sentem por mim e não vai ser uma deixada no vacuo, não vai ser uma conversa morta que vai me deixar mal. Sei que poderia fazer isso todas as vezes mas devo fazer as coisas em seu próprio tempo, ir assimilando aos poucos, começar já comecei...agora é só praticar. Depois disso volte e resurgi renovado. Parti pra outra, acabou que depois da neura, bati um papo legal, brinquei mais que o de costume, fiquei mais desinibido. Esse é o lado ruim, quando fico meio depre a impressão que passa e a imagem que quero que fique é de que estou cansado e isso me deixa pior porque por minha causa ninguem levanta meu astral. Agora como já disse é só praticar, passar a regar as coisas boas, passar a pensar sempre no lado real, tentar não pirara na minha louca reflexão momentanea, enfim, levar ascoisas numa boa e saber que nem sempre udo tem a ver comigo. A grande parte do que entendi hoje devo agradecer ao Melhogamigo que sem prever o futuro soube me dar a palavra certa no momento antecipado, sou muito grato ao Thiago por sempre me levantar a cabeça e apontar o lado que deve ser olhado. é isso, vou respirar mais, rir mais, analisar menos, comentar menos sobre o mesmo, vai ser lindo se virar um hábito mas por enquanto fico feliz por um fato inédito até pouco tempo. Valeu Cidade Negra, valeu Videokê, valeu queridos amigos, hoje posso dormir mais leve...