Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde nasci,como passei a porcaria da minha infãncia, o que meus pais faziam antes que eu nascesse e toda essa lengalenga tipo David Copperfield, mas, pra dizer a verdade não estou com vontade de falar sobre isso...

Monday, August 22, 2005

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Esse é meu septuagésimo quinto post, mas até aí tudo bem, existiram e existirão outros. O que torna esse post especial é que ele marca a passagem de tempo entre o primeiro e o mais recente post. Esse post está sendo escrito exatos trezentos e sessenta e seis dias após o primeiro post vir pro ar. Isso significa que esse é o post de um ano de campo de centeio. Um ano e uma semana se for contar a partir da primeira vez que alguma coisa foi ao ar mas como o primeiro post foi um pedido de desculpas pelo meu teclado desconfigurado eu comecei a contar a partir do segundo e durante muito tempo o mais sincero dos meus posts. Nesse um não escrevi sobre muita coisa, TV, cultura, revistas, coisas legais de serem escritas mas que não se comparam a beleza dos meus posts favoritos. Os melhores posts, os mais profundos e sinceros vieram das reflexões que tive sobre o mundo que me cercava, sobre meus medos, sobre meus desejos e esperanças, sobre como me sentia naquele momento. Me orgulho de ter sido sincero esse tempo todo, me sinto bem depois de escrever tudo o que quero e como disse algumas vezes, poder falar o que não conseguiria falar na cara. Nesse um ano muita coisa aconteceu, no começo tudo era meu medo de sair da escola, das seguras paredes confortáveis de The OT, depois veio o medo do inseguro, o medo de continuar caminhando, o medo de retroceder, de não conseguir ir pra frente, e depois as reflexões e descobertas de que as coisas mudaram de lugar e esse era meu medo, não conseguir me acostumar com as coisas novas fazendo as coisas antigas e usuais passarem a outras posições. Em um ano mudamos muito, eu e o blog, no começo vinha a forma superficial e distante de escrever, de fazer as coisas sob uma ótica de terceira pessoa, depois foi a hora de mudarmos, mudamos o template, os títulos dos posts, a maneira de escrever, hoje acho que o blog está melhor e eu mais verdadeiro, mais seria injusto separar o campo de centeio do apanhador, somos uma coisa só, o blog está dentro das coisas que sou hoje. Em um ano pouca gente passou aqui de verdade, pouca gente se deu ao trabalho de ler e tentar fazer o esforço de procurar entender como estava me sentindo, mas isso não me preocupa, escrevo esse post por mim, pra mim, e o fato de vocês lerem e comentarem me ajudam a entender as coisas por um outro lado, o lado de fora. Me orgulho das pessoas que lêem esse blog, as que nem sempre comentam e as que com seus comentários lindos me fazem ter vontade de melhorar esse minha sinceridade escrita, vi em alguns comentários uma chance de mudar meu pensamento, de ser mesmo alguém melhor do que era quando estava escrevendo o post. E ainda teve umas maravilhosas vezes em que me entenderam em cada palavrinha e com comentários belos me fizeram ver o quanto são mágicos os laços imperceptíveis a olho nu que nos unem. Um ano foi tempo suficiente pra perceber que quero que esse um ano se multiplique, que venham mais anos, mais medos, mais angustias, mais momentos felizes, mais reflexões, mais pensamentos, mais desabafos, mais vontade de viver e acima de tudo mais vontade de expressar o que sinto, pois é disso que é mantido esse blog. Nesse momento não quero receber os parabéns por esse um ano por que no fundo vejo que não tem por que ser parabenizado por algo que fiz com prazer, não foi esforço sentar na minha cadeira de computador que também de balanço, não foi esforço nenhum passar um tempo aqui na frente, teclando cada letrinha dessas palavras que as vezes saem escritas errado mas ainda assim são entendidas. Nesse dia só quero agradecer, não por lerem meu blog, mas por fazerem parte dele, por que por mais que seja lindo acreditar que esse campo me pertence, ele tem um pouquinho de cada um, de Emily, de Gisele, de Leiliane, de Thiago, de Rosa, de Rosana, de Nathalia, de Vagner, de Ramon, de Thaíisa, de Popis, de tanta gente...mas tem um pouquinho mais de Rafael por que no fundo acho que ninguém consegue entender tão bem cada coisa que ficou escondida nessas palavras, ninguém consegue ir tão além quanto você. No fim só tenho a agradecer a vida por ter me feito uma pessoa mais confiante no futuro, aos meus queridos amigos que me fizeram continuar andando numa estrada longa e cheia de perigos e prazeres, e aos queridos desconhecidos que fazem meu dia ser um dia. Muito obrigado e muitas anos de vida a todos nós!

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Só uma coisa a dizer: continue escrevendo tudo o q vc pensa, sente, todos seus medos, aflições...alegrias, amores, saudades, reflexões...enfim..tudo o q te faça se sentir melhor e mais amigo do q nunca!
Beijos t amu

3:30 PM

 

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